quarta-feira, 10 de outubro de 2007



"Tudo aquilo que até agora os homens têm considerado seriamente não é nem mesmo realidade, não é mais do que imaginação, ou constitui mais precisamente uma ladainha de mentiras, produzidas pelos maus instintos de naturezas doentias, nefastas no mais amplo sentido da palavra; assim, todos os conceitos de “Deus”, “alma”, “virtude”, “culpa”, ‘além”, “verdade”, “eternidade”... Contudo, foi nessa terminologia que se procurou a magnitude da natureza humana, a sua “divindade’... Todos os problemas políticos, sociológicos e educacionais são profundamente falseados desde a origem, pelo fato de se tornarem os homens mais nefastos como grandes homens, ensinando-se o desprezo das “pequenas coisas”, isto é, das coisas fundamentais da vida...

Todavia, se eu me ponho em confronto com os homens que até agora foram honrados como “os primeiros”, a diferença resultante entre eles e mim é evidente. Estes pretensos “Primeiros”, eu (bem a propósito) não os coloco entre os homens, para mim são eles apenas refugos da humanidade, produtos de moléstias e de instintos vingativos; são monstros desventuradíssimos, profundamente incuráveis, que anseiam vingar-se da vida. Eu quero ser o contrário deles; o meu privilégio é o de poder reunir com acuidade de sentido todos os signos dos bons intintos."


Nietzsche

Um comentário:

Anônimo disse...
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